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MAIE

é compositora, multi-instrumentista, arte-educadora e pesquisadora da música-dança do transatlântico afroameríndio.

Artista nômade, é natural de Mariana (Minas Gerais/Brasil) e radicada na Bahia.

Suas composições expressam a fusão da diversidade musical do brasil com sonoridades ancestrais afrikanas, a world music e o experimentalismo.

Performer, escritora, artista visual, artesã de instrumentos musicais afrikanos, é idealizadora da plataforma criativa Djalo Musica Nomad, focada em pesquisa e arte educação, sob o viés do reflorestamento cultural.

No decorrer de sua caminhada desenvolveu diversos trabalhos em parceria com artistas, redes criativas e comunidades no Brasil, Áfrika, América Latina, Oriente Médio, Ásia e Europa.

 

Tecendo artes entre caminhos nômades –

Em 2005 realiza uma grande viagem para pesquisar manifestações da música.dança de povos nômades, recorrendo por terra os caminhos da Espanha ao norte da Índia. Desta experiência nasce seu livro “Retalhos – uma vigem ao Oriente Médio e Ásia”.

Em 2007 vive sua primeira experiência no continente afrikano com o povo Gnaoua, em Marraquesh, no Marrocos. é quando se inicia no universo das culturas do oeste da Áfrika, tendo sua vida profundamente transformada, se abrindo para intensos processos de descolonização, orientada pelo universo da musica-dança afrobrasileira e das tradições orais mineiras, nordestinas e afrikanas, com ênfase nas culturas do oeste e dos povos Níger Kongo do continente-mãe.

Em 2009 participa da criação do “Coletivo de Pesquisa de Música Popular Brasileira Baobá” e do “Grupo Vira Saia”, ambos atuantes em Ouro Preto e Mariana, Minas Gerais.

Em 2012 torna-se aprendiz de Mestre King e Augusto Omolu, ambos in memorian, mestres da dramaturgia da dança dos orixás, em Salvador.

No fim deste ano realiza o intercâmbio artístico “Tradições Musicais Brasil e Marrocos Gnaoua”, em Essaouira (Marrocos), através do prêmio “Programa Música Minas”.

Em 2014 é co-fundadora do grupo “Ubuntu Africanias”, focado nas culturas do oeste afrikano. Com o grupo participa de importantes festivais de música na Bahia e realiza série de oficinas de contação de estórias e música em escolas da rede pública, através do projeto “A Casa Vai à Escola”, projeto realizado pela Casa do Benin e pela Fundação Gregório de Matos. 

Em salvador forma-se em canto pelo curso de qualificação profissional em música pela Escola de Artes Funceb, sob coordenação de Edu Fagundes e Letieres Leite, tornando-se flautista da Orquestra Ofun, de 2013 a 2015.

Em 2015 idealiza e participa da criação do coletivo de mulheres compositoras “Minas da Voz” e passa a fazer parte da coordenação da rede “Sonora – Festival Internacional de Compositoras”, trabalhando nas frentes do Sonora Áfrika e Hispana, até 2018.

Em 2016 é selecionada para o “Mapa da Palavra da Bahia”, através de seu trabalho de literatura de cordel “As Sete Cores do Universo”. Também dá início ao desenvolvimento de “Djalo Música Nomad”.

No final do ano realiza o produção do “Sonora Barcelona – Festival Internacional de Mulheres Compositoras”, em Barcelona, na Espanha.

Em 2017 recebe o prêmio “WR de Portas Abertas” e tem seu tema “Ganhadêra de Cairu”, registrado nos Estudios WR, com a participação de grandes artistas do universo musical afro-baiano – o Mestre Gabi Guedes, Duo Bavi e Duda Cavaco Afro, com direção e produção musical de Adrian Estrela (Parte A Produções).

Participa do II Festival Reconvexo Latino América de Video-projeções Mapeadas com a video-performance “Corpo Kalunga”, em Cachoeira (Bahia).

Com o grupo “Ojá Afro Funk Jazz” recebe o prêmio “Incubadora Sonora 2017” e tem o tema “Barca das Cores” (de sua autoria em parceria com “O Homem Negro”) selecionado para o “XIX Festival de Música da Radio Educadora” (bahia).

Em 2018 vivencia uma residência artística no Senegal, onde se aprofunda em seus estudos sobre a música e a construção de instrumentos musicais tradicionais do oeste afrikano, realizando série de shows, oficinas, performances e parcerias criativas com artistas nativos e residentes no país, culminando na gravação da demo do disco “Bambala Bambala”, com Sobobade Band.

Em 2020 volta ao Senegal para realizar a “Residência Transatlântica”, através do prêmio “Ibermúsicas para Compositores”,  expandindo seus trabalhos para comunidades do Mali e da Guiné.

Através desta oportunidade, realiza a gravação profissional de Bambala Bambala, com a participação de mestres tradicionalistas do Senegal e Mali.

De volta ao Brasil, recebe o prêmio “Funarte Arte Toda Parte”, com as oficinas virtuais de musicalização infantil “Buki Burri Buki Bumá”, “Percussão Corporal para Crianças”.

Em 2021 lança a série literária “Árvores – Memórias e Reflorestamentos”, composta pelos livros “Transatlântika, o livro de areia” e “Tempo, o livro das árvores”, através do Prêmio Jorge Portugal das Artes, categoria Literatura, Lei Aldir Blanc Bahia.

Também realiza a finalização e o lançamento do álbum “Bambala Bambala”, com o apoio financeiro da Lei Aldir Blanc Lab MG edital 19.